A exportação de petróleo angolano para a China deverá aumentar a partir de Setembro, já a pensar numa mudança das normas para o combustível marítimo em 2020, disse Ehsan Ul-Haq, Analista Sénior da empresa financeira Refinitiv.
Segundo a Reuters, a partir de 1 de Janeiro, novas regras da Organização Marítima Internacional vão impedir os navios de usar combustível com mais de 0,5 por cento de enxofre – abaixo dos actuais 3,5 por cento – para reduzir a poluição atmosférica.
De acordo com a agência noticiosa, os crudes médios e pesados angolanos, como o Cabinda, Kissanje e Hungo, são especialmente adequados para produzir combustível que respeite as novas regras.
Ehsan Ul-Haq disse à Reuters que a exportação de crude angolano deverá também beneficiar de uma recuperação nas margens de lucro da refinação de gasóleo e combustíveis para aviação, que está a levar a uma maior procura por parte das refinarias independentes chinesas.
No segundo trimestre deste ano, quase 61,6 por cento das exportações de crude angolano tiveram a China como destino, avançou a agência noticiosa portuguesa Lusa.