A economia angolana cresceu 1,1 por cento em 2016, mas o crescimento deverá acelerar para 2,3 por cento em 2017 e posteriormente para 3,2 por cento em 2018, prevê o relatório “Perspectivas Económicas Africanas”, divulgado na segunda-feira em Ahmedabad, na Índia. O documento foi coproduzido pelo Banco Africano para o Desenvolvimento, Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico e Nações Unidas.
De acordo com o relatório, a esperada recuperação surge na sequência da aposta no aumento planeado da despesa pública e do melhoramento dos termos de troca relativos ao comércio de petróleo, face à subida do preço do crude nos mercados internacionais.
“O Governo [angolano] deu passos para mitigar o impacto do choque dos preços do petróleo na economia, que incluíram: a racionalização da despesa pública através da eliminação dos subsídios aos combustíveis, um aumento significativo da mobilização de receitas não petrolíferas, e a depreciação das taxas de câmbio para preservar a competitividade das exportações e reduzir a tendência para as importações no país”, considera o documento.
O relatório defende ainda que Angola deve reforçar o apoio ao empreendedorismo e à industrialização. Tendo o ramo alimentar como sector-chave, a indústria de Angola encontra-se ainda numa fase considerada embrionária, é referido. O documento nota ainda que o Programa Nacional de Industrialização 2013-17 angolano define sete sectores fulcrais, incluindo os têxteis e vestuário, produtos químicos e derivados do papel, bem como o sector das pedras ornamentais.