Macau e os Países de Língua Portuguesa mantêm estreitas relações seculares históricas e culturais, têm um sistema administrativo e legal da mesma matriz e Macau partilha ainda com os Países de Língua Portuguesa a língua portuguesa consagrada, na RAEM, por um sistema oficial de bilinguismo em chinês e português. Os residentes de Macau são íntimos conhecedores das tradições e culturas do Interior da China e dos Países de Língua Portuguesa e os empresários de Macau possuem um bom conhecimento dos mercados da China e dos Países de Língua Portuguesa. Estas vantagens contribuem para o aprofundamento do papel de Macau como a plataforma de serviços entre a China e os Países de Língua Portuguesa.
Macau tem sempre promovido com esforço o ensino bilingue de língua chinesa e portuguesa, e formado quadros bilingues de língua chinesa e portuguesa, muitos residentes de Macau são íntimos conhecedores da cultura, religiões e costumes dos Países de Língua Portuguesa. Várias pequenas e médias empresas de Macau aproveitam estas vantagens para desenvolver laços de cooperação com os Países de Língua Portuguesa, nomeadamente através das trocas comerciais.
Desde do estabelecimento da RAEM, seguindo os princípios de “Um País, Dois Sistemas”, “Macau governado pelas suas gentes” e um “Alto grau de autonomia” e os demais princípios consagrados na Lei Básica, a economia da RAEM tem evidenciado um desenvolvimento rápido, assegurando um melhoramento constante da qualidade de vida para os residentes assim como estabilidade, paz e uma convivência harmoniosa entre as comunidades que compõem a sociedade de Macau. A RAEM é cada vez mais conhecida no mundo.
Com o grande apoio do Governo Central da China, dos Países de Língua Portuguesa e do Governo da RAEM, cinco edições da Conferência Ministerial do Fórum de Macau foram realizadas, na RAEM, com notório sucesso. O estabelecimento, em Macau, do Secretariado Permanente do Fórum de Macau e do seu Centro de Formação, bem como da Sede do Fundo da Cooperação para o Desenvolvimento entre a China e os Países de Língua Portuguesa, a criação daFederação Empresarial da China e dos Países de Língua Portuguesa e do Centro de Intercâmbio de Inovação e Empreendedorismo para Jovens da China e dos Países de Língua Portuguesa e a promoção da construção dos “3 Centros”, nomeadamente, o “Centro de Serviços Comerciais para as Pequenas e Médias Empresas da China e dos Países de Língua Portuguesa”, o “Centro de Distribuição dos Produtos Alimentares dos Países de Língua Portuguesa”, e o “Centro de Convenções e Exposições para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa” no âmbito da plataforma de serviços para a cooperação comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa e também o Complexo da Plataforma de Serviços para a Cooperação Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, destacam ainda mais o papel de Macau como a plataforma de serviços para a cooperação comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa.
De acordo com o 13.º Plano Quinquenal do Governo Central, as Linhas Gerais do Planeamento para o Desenvolvimento da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau e outras directivas, o Governo da RAEM tem promovido empenhadamente a criação do Centro Mundial de Turismo e de Lazer e o desenvolvimento acelerado da Plataforma de Serviços para a Cooperação Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, participando activamente na cooperação regional e internacional, incluindo a consolidação da cooperação com os Países de Língua Portuguesa. A criação da Comissão para o Desenvolvimento da Plataforma de Serviços para a Cooperação Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, com a participação dos Serviços de Alfandega, do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau, do Gabinete de Apoio ao Secretariado Permanente do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, do Instituto para os Assuntos Municipais, da Direcção dos Serviços de Economia, da Direcção dos Serviços de Turismo, do Instituto Cultural de Macau, tem como objectivo elevar a cooperação de sinergia interdepartamental, definir políticas e medidas efectivas, promover com grande esforço a construção da Plataforma de Serviços para a Cooperação Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa subindo constantemente o nível para um novo patamar.
O Governo da RAEM procurou sempre estimular e apoiar as pequenas e médias empresas na sua cooperação com os Países de Língua Portuguesa, incentivando o tecido empresarial num melhor aproveitamento das vantagens locais entre os quais os seus talentos bilingues em língua chinesa e portuguesa para disponibilizar serviços, de assessoria e consultoria jurídica, serviços intermediários e de tradução em assuntos ligados aos temas de agricultura, pescas, recursos naturais, ensino de língua, serviços culturais, bancários, seguros, de engenharia, energia eléctrica, indústria farmacêutica, processamento de carne, logística, serviços clínicos, telecomunicações, construção, informações, restaurantes, tecnologias e teledifusão, entre outros.
As empresas podem entrar no mercado da Europa através de Portugal, entrar no mercado da América do Sul através do Brasil, bem como explorar o mercado da África através de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe e entrar no mercado da ASEAN através de Timor-Leste.
Macau tem apoiado as empresas na procura de parceiro do Interior da China e dos Países de Língua Portuguesa, disponibilizando informações, consultoria para as comunidades, as associações e as câmaras comerciais lusófonas e organizações macaenses sediadas em Macau, pequenas e médias empresas de Macau, bem como as empresas dos Países de Língua Portuguesa e do Interior da China, dando apoio na realização de actividades económicas, comerciais e culturais.
Macau tem também mantido contactos estreitos com o Interior da China e os Países de Língua Portuguesa, reforçando as próprias vantagens de Macau, consolidando de forma contínua o papel de Macau como a plataforma para cooperação comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, aprofundando plenamente o seu papel como ponte de ligação.