A Escola de Direito do Rio de Janeiro da Fundação Getúlio Vargas (FGV) realizou, no início desde mês, o “I Seminário Brasil-China: Desafios Regulatórios e Legais para Empresas e Investimentos Chineses no Brasil”. O evento reuniu autoridades chinesas e especialistas de ambos os países para debater a relação comercial e os benefícios mútuos, divulgou a FGV em comunicado publicado no seu portal online.
O professor de Direito Internacional da Direito Rio e coordenador do Núcleo de Estudos China-Brasil, Evandro Carvalho, salientou que a China é hoje o maior parceiro comercial brasileiro e um dos maiores investidores no país sul-americano. Além disso, ambas as nações integram os BRICS (acrónimo para Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o bloco das maiores economias emergentes) e são membros fundadores do Novo Banco de Desenvolvimento.
Para o presidente da FGV, Carlos Ivan Simonsen Leal, o recente interesse chinês no país é “uma surpresa positiva”, uma vez que tradicionalmente o Brasil recebe investimentos da Europa e América do Norte. O professor considera que é preciso reforçar a relação entre os dois países do ponto de vista da regulação e legislação.
“As empresas chinesas que vêm para o Brasil não estão a olhar só para o próprio lucro”, afirmou o Cônsul Geral da China no Rio de Janeiro, Li Yang. “Cheguei há nove meses e percebo que as empresas são bem-vindas porque têm adoptado uma abordagem ‘win-win’. Os empresários que vêm ao Brasil precisam se adaptar ao mercado e ao ambiente regulatório brasileiro”, sublinhou.