A China poderá ajudar o Brasil a desenvolver o sector das infra-estruturas, ao mesmo tempo que um reforço do intercâmbio bilateral poderá beneficiar os dois países, defenderam investigadores das duas nações, reunidos na sexta-feira num seminário no Brasil.
De acordo com a agência oficial chinesa de notícias Xinhua, o encontro foi organizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) – uma entidade privada brasileira – e pela Universidade de Fudan, na China. Durante o seminário, foram abordados vários temas relacionados com o estado das infra-estruturas nos dois países, incluindo a questão da participação dos sectores público e privado na construção e no financiamento dessas infra-estruturas.
“Se, por um lado, a China dispõe de uma elevada experiência e conhecimento na construção de infra-estruturas, por outro, o Brasil tem uma grande necessidade de melhorar [esse sector]”, defendeu Lia Valls, investigadora da FGV, acrescentando que “as duas nações podem trabalhar em conjunto para alcançar este objectivo”.
Em Maio, o Primeiro-Ministro da China, Li Keqiang, revelou – durante uma visita oficial ao Brasil – que o seu país iria investir US$53 mil milhões na nação sul-americana. O dirigente chinês manifestou ainda o seu apoio em relação ao projecto de construção de uma ligação ferroviária entre o Brasil e o Peru.
Também presente no seminário, Chen Duqing, antigo Embaixador da China no Brasil, lembrou que o crescimento económico do país asiático nas últimas décadas esteve bastante ligado ao desenvolvimento do sector das suas infra-estruturas.
“A China está num comboio rápido a caminho do progresso e pode dar uma boleia a países como o Brasil para que possam crescer em conjunto”, defendeu o antigo diplomata.
