Novos critérios aduaneiros Macau-China podem ajudar Portugal, diz associação

A China Interior e Macau alteraram na quarta-feira os critérios de origem de sete produtos que beneficiam de isenção de taxas aduaneiras entre os dois mercados ao abrigo do Acordo de Estreitamento das Relações Económicas e Comerciais entre o Interior da China e Macau (CEPA). Tal medida poderá beneficiar as empresas portuguesas que operam na região chinesa, defendeu Alberto Carvalho Neto, Presidente da Associação de Jovens Empresários China-Portugal.

Para “todos os produtos que possam ter origem portuguesa e que se possam encaixar” nos termos revistos do acordo CEPA, estas “serão sempre medidas estimulantes ao acréscimo das nossas relações comerciais”, disse o empresário à Lusa.

A Direcção dos Serviços de Economia de Macau afirmou à agência noticiosa portuguesa que os sete tipos de produtos abrangidos incluem enchidos e carne suína. Segundo uma nota do mesmo organismo, os empresários industriais de Macau podem importar matérias-primas dos países lusófonos para Macau para serem processadas localmente. Os produtos resultantes desse processamento podem depois entrar no mercado do Interior da China como fabricados em Macau, beneficiando da isenção de taxas aduaneiras ao abrigo do acordo CEPA.

Nas suas declarações à Lusa, Alberto Carvalho Neto defendeu que o acordo CEPA poderia ser melhor aproveitado através da criação de uma marca especial para os produtos vindos dos Países de Língua Portuguesa e transformados ou empacotados em Macau.