O crescimento económico da China deverá abrandar para 6,8 por cento no próximo ano, depois de uma provável expansão de 6,9 por cento em 2015, estimou o Banco Popular da China num relatório publicado na quarta-feira.
“Embora a pressão negativa sobre o crescimento deva persistir durante um certo período de tempo – devido a uma excessiva capacidade de produção, à diminuição dos lucros no sector industrial e à subida nos empréstimos improdutivos –, prevemos que o número de factores positivos deverá aumentar gradualmente em 2016”, lê-se no relatório citado pela agência de notícias Reuters.
O banco central da China acrescentou que entre os factores favoráveis esperados estão a recuperação das vendas no sector imobiliário e o desfasamento do impacto de medidas estruturais e macroeconómicas, bem como algumas melhorias modestas ao nível da procura externa.
Ainda de acordo com o banco central, o crescimento do investimento em activos fixos deverá acelerar para 10,8 por cento em 2016 – face a uma expansão de 10,3 por cento este ano. Já as vendas do comércio a retalho deverão crescer 11 por cento em 2016.
O Banco Popular da China prevê ainda que o valor das exportações aumente 3,1 por cento no próximo ano e que o das importações cresça 2,3 por cento no mesmo período, invertendo a tendência decrescente registada em 2015.
Também na quarta-feira a Academia Chinesa de Ciências Sociais, organismo ligado ao Governo Central, avançou projecções para o próximo ano. A academia prevê que a economia chinesa cresça entre 6,6 e 6,8 por cento em 2016.
Nos primeiros nove meses de 2015, a economia da China registou uma expansão de 6,9 por cento.
