O Primeiro-Ministro da China, Li Keqiang, afirmou que a economia do país continua a crescer dentro de “um intervalo apropriado”, apesar das recentes flutuações nos mercados internacionais, referiu a agência noticiosa oficial chinesa Xinhua.
Li Keqiang fez os comentários durante uma reunião extraordinária do Conselho de Estado chinês, na sexta-feira. O encontro focou-se no impacto para a China dos últimos desenvolvimentos ao nível da economia mundial.
A recente volatilidade nos mercados internacionais adicionou “nova pressão” sobre a China, nomeadamente ao nível das exportações e importações, explicou o Primeiro-Ministro chinês. Mas o responsável acrescentou que “a economia chinesa continua a operar dentro de um intervalo adequado” e o país continua a ser o motor da economia global em termos de crescimento.
As declarações de Li Keqiang surgiram após uma semana particularmente volátil para os mercados bolsistas chineses e após a publicação de dados económicos que apontam para um abrandamento da economia chinesa.
“Iremos colocar em prática novas medidas de regulação, mais objectivas e adequadas, de forma a compensar as pressões económicas negativas”, afirmou Li Keqiang, acrescentando que serão levadas a cabo novas reformas e introduzidas medidas de estímulo à economia.
Os recentes cortes nas taxas de juro e no rácio de reservas obrigatórias para os bancos “estão já a dar resultados”, disse o Primeiro-Ministro chinês.
O Banco Popular da China anunciou na semana passada uma redução de 0,25 pontos percentuais nas taxas de juro de referência do país, acompanhada de um corte de 0,5 pontos percentuais no rácio de reservas obrigatórias para os bancos.
Li Keqiang sublinhou ainda que “não existe uma base para uma desvalorização contínua” do yuan face ao dólar dos Estados Unidos. As autoridades chinesas baixaram este mês o valor de câmbio do yuan face à moeda norte-americana em quase 2 por cento, a maior desvalorização num único dia em duas décadas.
