Mudanças económicas na China abrem oportunidades para África: estudo

As mudanças estruturais a nível económico em curso na China abrem novas oportunidades para os países africanos, em particular aqueles cujas trocas comerciais com a nação asiática assentam na exportação de matérias-primas e petróleo, de acordo com Centro para o Direito Comercial para a África Subsariana.

“Com a mudança da procura a nível doméstico na China, nomeadamente de bens de investimento para bens de consumo e implicitamente para o sector dos serviços, as empresas [africanas] exportadoras de produtos alimentares e serviços podem beneficiar com isso”, refere o Centro, num relatório divulgado este mês.

“É, pois, imperativo que os países africanos diversifiquem as suas exportações ou subam na cadeia de valor”, de forma a contrabalançar a quebra na procura de matérias-primas por parte da China, bem como a diminuição do preço destas matérias nos mercados internacionais, acrescentou o documento.

De acordo com dados das Nações Unidas, Angola foi o segundo maior fornecedor africano da China em 2014, com uma quota de mercado de 27 por cento, apenas atrás da África do Sul (39 por cento). No entanto, quase 100 por cento das importações chinesas provenientes de Angola estavam ligadas ao petróleo e derivados.